A produção de Guias e Roteiros auxiliares de viajantes e turistas cresceu muito nas duas primeiras décadas do século XX. Ao facto não é estranho o aparecimento e expansão do automóvel. Já existia uma rede ferroviária que todavia não se estendera a todo o país. A circulação rodoviária exigiu a elaboração de guias de estradas, com a competente indicação das distâncias, dos locais de abastecimento de combustível e dos restaurantes, pensões e hotéis. A fotografia que também se popularizou pela mesma época encontrou aplicação num produto específico de propaganda das localidades e dos seus pontos de atracção, as suas marcas pitorescas: o bilhete postal ilustrado. Muitas das fotografias dos postais eram também utilizadas nos guias e roteiros com que as vilas e cidades turísticas editaram entre 1900 e 1920.
A República, chamando pela primeira vez, em 1911, o turismo à categoria de departamento administrativo na dependência do Ministério do Interior, reconheceu ao sector valor económico e importância politica. Pouco depois, seria a vez das Câmaras Municipais se organizarem para responder às necessidades e incentivarem o turismo nos respectivos concelhos. A produção de guias e roteiros recebeu por aí um novo impulso.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
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1 comentário:
Informação de extrema relevância. Os próprios conceitos de turista e de turismo se foram construindo sobre essas "imagens": os meios de transporte; as fotografias...
Os guias e roteiros são, afinal, um novo tipo de literatura de viagens, indispensáveis devido às novas práticas de vilegiatura, mais democratizadas, tal como a sociedade em que se geraram.
- Isabel X -
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