Não fugir. Suster o peso da hora
Sem palavras minhas e sem os sonhos,
Fáceis, e sem as outras falsidades.
Numa espécie de morte mais terrível
Ser de mim todo despojado, ser
Abandonado aos pés como um vestido.
Sem pressa atravessar a asfixia.
Não vergar. Suster o peso da hora
Até soltar a sua canção intacta.
Cristovam Pavia, Poesia. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2010, p. 56.
Nota pessoal
Participei hoje, a convite do seu director, na reunião anual da revista Ler. Após o almoço, no restaurante do Vila Flor, em Guimarães, um sorteio de livros. Calha-me o 13 que corresponde exactamente a Poesia de Cristovam Pavia. Raramente tenho sorte, mas desta vez...
3 comentários:
Palavras em imagem: reflexo.
- Isabel X -
Audaces fortuna juvat
Ainda bem que aqui voltou, Chantre!
- Isabel X -
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