Ao espreitar o seu espaço, deparei-me, mais do que uma vez, com esta rubrica “E… aqui tão perto…”
Que se passa? Saudades de um local? Saudades de alguém? Sente-se preso a um espaço? Não consegue vencer a inércia? Está com pena de si?
Há muito tempo, a minha amiga Zinda, com quem trabalhei vários anos e teve a bondade de me ajudar a carregar momentos muito amargos de vida, enviava-me um bilhetinho que há dias encontrei dentro de um livro. Dizia: “Hoje não me apetecem aulas. Apetece-me ir ao Porto beber chocolate quente”. Respondi: “Quem tem massa vai ao Porto; quem não tem fica em casa. Põe-te a mexer que eu ofereço o esparguete para beberes o chocolate pela palhinha.”
Digo-lhe a si uma coisa semelhante: Pare de suspirar. Programe-se. Tem saudades do Porto? Vá, nem que seja de noite; respire o ar e volte. Tem saudades dos amigos? Agende com eles. Da meia-noite às sete da manhã há muitas horas. Se não dormirem uma noite não morrem. Ah! E também lhe ofereço uma massa esparguete para tomar o drink de forma diferente.
E agora, zangue-se comigo (como é costume), mas mexa-se. O imobilismo que esta rubrica transmite nem vai com a imagem que tenho de si. Será que o conheço assim tão mal?
3 comentários:
Edifícios deixados para trás. Vestígios.
Gato na areia. Felino e sem rosto.
Paisagem natural com ponte e pormenor técnico algo obsoleto.
- Isabel X -
Ao espreitar o seu espaço, deparei-me, mais do que uma vez, com esta rubrica “E… aqui tão perto…”
Que se passa? Saudades de um local? Saudades de alguém? Sente-se preso a um espaço? Não consegue vencer a inércia? Está com pena de si?
Há muito tempo, a minha amiga Zinda, com quem trabalhei vários anos e teve a bondade de me ajudar a carregar momentos muito amargos de vida, enviava-me um bilhetinho que há dias encontrei dentro de um livro. Dizia: “Hoje não me apetecem aulas. Apetece-me ir ao Porto beber chocolate quente”. Respondi: “Quem tem massa vai ao Porto; quem não tem fica em casa. Põe-te a mexer que eu ofereço o esparguete para beberes o chocolate pela palhinha.”
Digo-lhe a si uma coisa semelhante: Pare de suspirar. Programe-se. Tem saudades do Porto? Vá, nem que seja de noite; respire o ar e volte. Tem saudades dos amigos? Agende com eles. Da meia-noite às sete da manhã há muitas horas. Se não dormirem uma noite não morrem. Ah! E também lhe ofereço uma massa esparguete para tomar o drink de forma diferente.
E agora, zangue-se comigo (como é costume), mas mexa-se. O imobilismo que esta rubrica transmite nem vai com a imagem que tenho de si. Será que o conheço assim tão mal?
Por ordem crecente:
1. "Natura e cultura".
2. "Gato que brincas (...)" .
3. "Abyssus abyssum"
4. "À janela com Hopper"?
Têm em comum o serem todas elas imagens poéticas, porque inusitadas e inquietantes, autênticas e fabricadas, desse Porto aí tão perto.
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