sábado, 25 de fevereiro de 2012

Sarilho

Longo dia que se inicia com um seminário sobre "Gestão em Tempo de Mudança". Notas:
Luis Amado: "Esta é a crise mais grave e mais perigosa que enfrentamos".
Ângelo Correia: Não temos cultura de planeamento. Não debatemos o que queremos e o que podemos querer.
Daniel Bessa: A crise portuguesa é mais profunda que as anteriores que conheci (1978 e 1984) por causa das dificuldades sentidas pelos mercados com os quais nos relacionamos.
Luis Amado: Assistimos a um processo de recomposição do poder no quadro global. O papel regulador já não cabe ao G7 ou ao G8, mas quando muito ao G20.
Ângelo Correia: Não dispomos de nenhuma orientação em termos produtivos.
Daniel Bessa: O endividamento das familias deve ter contribuído para crescimento do PIB, nos últimos 40 anos, com uma média anual de 1%.
Luis Amado: Não acredito numa solução federalista para a Europa. Mas não há solução para o Euro sem um processo federador. Estamos por isso num grande sarilho.
Daniel Bessa: A má notícia é que, se somarmos as dividas, o total da dívida portuguesa deve rondar os 140% do PIB (quando entrámos para o Euro, admitia-se que não deveria ultrapassar os 60%). A boa é que a próxima Segunda-Feira nos vai apanhar a tentar não falar muito disto, porque pode dar azar.

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