No Sábado, em Famalicão, apresentei uma comunicação que pretendeu sublinhar que uma rede museológica
de carácter territorial é uma opção politica – e não meramente técnica – que visa
garantir escala e cooperação entre os componentes, conferir coerência ao
património cultural e rentabilizar os investimentos públicos ou privados efectuados
na respectiva valorização.
Socorri-me do caso de Peniche, que tem em execução uma rede
museológica municipal, desenhada na sequencia da elaboração de um Plano Estratégico
(Magna Carta Peniche 2025).
A rede municipal de museus de Peniche nasceu das seguintes
necessidades:
- existência de colecções e núcleos museologicos dispersos e
sem coesão, recebendo incorporações mais ou menos avulsas;
- insatisfação com a forma como o Estado gere o património
de que é detentor (exemplo - fortaleza de Peniche sobre a qual impende uma
responsabilidade nacional não cumprida);
- articulação dos museus com a politica cultural pública e
com as politicas de valorização patrimonial adoptadas pelo município;
- vantagens ao nível da gestão de recursos e da gestão
cultural;
- assegurar valor e sustentabilidade a verbas vultuosas postas
ao dispor do concelho para a regeneração urbana;
- apetrechar a autarquia a negociar com o Estado, as grandes
instituições publicas e com os promotores privados.
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