terça-feira, 24 de maio de 2011

Redes (1)


No Sábado, em Famalicão, apresentei uma comunicação que pretendeu sublinhar que uma rede museológica de carácter territorial é uma opção politica – e não meramente técnica – que visa garantir escala e cooperação entre os componentes, conferir coerência ao património cultural e rentabilizar os investimentos públicos ou privados efectuados na respectiva valorização.
Socorri-me do caso de Peniche, que tem em execução uma rede museológica municipal, desenhada na sequencia da elaboração de um Plano Estratégico (Magna Carta Peniche 2025).
A rede municipal de museus de Peniche nasceu das seguintes necessidades:
- existência de colecções e núcleos museologicos dispersos e sem coesão, recebendo incorporações mais ou menos avulsas;
- insatisfação com a forma como o Estado gere o património de que é detentor (exemplo - fortaleza de Peniche sobre a qual impende uma responsabilidade nacional não cumprida);
- articulação dos museus com a politica cultural pública e com as politicas de valorização patrimonial adoptadas pelo município;
- vantagens ao nível da gestão de recursos e da gestão cultural;
- assegurar valor e sustentabilidade a verbas vultuosas postas ao dispor do concelho para a regeneração urbana;
- apetrechar a autarquia a negociar com o Estado, as grandes instituições publicas e com os promotores privados.

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