LavouraSe o coração no tempoamaina raízes, espaçosem tristes soluços os braçosdispersos, abraçam-seSe a vida contemplae teu por do sol não condenapor toda gruta amenavigora a semente ao postoe no rosto a folha goza serenaSê, convite neste sopropor um dia, outro dia, outro dia,aos que na cepa do prumosuor escorrido da lutaLabuta, labutado abraço, que o braço entrelaçasem caroço ou cascaser o sumo da fruta.
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Lavoura
Se o coração no tempo
amaina raízes, espaços
em tristes soluços os braços
dispersos, abraçam-se
Se a vida contempla
e teu por do sol não condena
por toda gruta amena
vigora a semente ao posto
e no rosto a folha goza serena
Sê, convite neste sopro
por um dia, outro dia, outro dia,
aos que na cepa do prumo
suor escorrido da luta
Labuta, labuta
do abraço, que o braço entrelaça
sem caroço ou casca
ser o sumo da fruta.
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