tag:blogger.com,1999:blog-8012462764424255330.post6843517630144020457..comments2024-03-09T12:19:51.108+00:00Comments on O que eu andei ...: Manuel António PinaJoão B. Serrahttp://www.blogger.com/profile/01101297467182990838noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-8012462764424255330.post-45495263038269843302012-10-27T14:30:03.404+01:002012-10-27T14:30:03.404+01:00"Perante os abismos do antes e do depois, é n...<br />"Perante os abismos do antes e do depois, é natural que o homem tenha medo. E que, por isso, ria."<br />disse Manuel António Pina.<br /><br />É muito interessante esta ideia de o riso se dever ao medo e (talvez)mais ainda a de o medo se dever aos abismos do antes e do depois.<br /><br />Mark Twayn dizia-nos que devíamos tomar lições de abismo. É o mais certo que temos, pelo menos em algum momento das nossas vidas.<br /><br />Nada como a literatura para nela vermos o reflexo de nós mesmos.<br /><br />- Isabel X -Isabel Xnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8012462764424255330.post-81378874982788405002012-10-24T17:57:38.134+01:002012-10-24T17:57:38.134+01:00"Porque é tudo para sempre, mesmo a efémera m..."Porque é tudo para sempre, mesmo a efémera morte,/<br />encontrar-nos-emos eternamente/<br />e nunca mais nos veremos./ <br />O impossível volta a ser impossível. Para sempre./<br /><br />Impossível é cada manhã aberta,/<br />um deus sonha consigo através de nós./<br />Às vezes quase posso tocá-lo, ao deus,/<br />surpreendê-lo no seu sono, também ele real e efémero./<br /><br />Matéria, alma do nada,/<br />os mortos ouvem a tua música sólida/<br />pela primeira vez, como uma respiração de estrelas./<br />A sua intranquilidade transforma-se em si mesma, música./<br /><br /> M. A. Pina "Matéria de estrelas"S.J.noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8012462764424255330.post-55246376876560233282012-10-21T14:53:25.730+01:002012-10-21T14:53:25.730+01:00Só pela poesia é possível saber de um modo tão con...<br />Só pela poesia é possível saber de um modo tão concreto:<br /> <br />"Hoje sei: escrevo contra aquilo de que me lembro, essa tarde parada, por exemplo."<br /><br />E só pela poesia fazer saber (o mesmo?), no peito (também)subitamente aceso de quem lê.<br /><br />- Isabel X -Isabel Xnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8012462764424255330.post-50638103296883293562012-10-21T01:14:35.666+01:002012-10-21T01:14:35.666+01:00À pergunta do jornalista (Carlos Vaz Marques):
&q...À pergunta do jornalista (Carlos Vaz Marques): <br />"Convive muito com a ideia da morte?"<br />respondeu Manuel António Pina: <br />"Não. Acho que nunca conseguimos conceber isso perfeitamente. Mas a racionalidade impõe-se-nos. Toda a gente tem a ideia da morte. Durante muitos anos é só uma palavra. Depois começam a morrer pessoas próximas de nós e ela de repente ganha um rosto concreto. Estou numa idade em que muitos amigos meus se estão a ir. Os primeiros foram uma surpresa, agora é quase normal. Embora seja uma coisa sempre muito penosa porque nós também somos os nossos amigos."<br />- Revista Ler, Janeiro de 2012, p.27 -<br />Morreu o poeta que dizia prefrir a bondade à poesia.<br />"A poesia é uma porta para reconhecer que não há porta nenhuma", disse também.<br /><br />- Isabel X -Isabel Xnoreply@blogger.com